Momento Fulgaz e marcante

Encontrei um certo alguém com sobrenome "Bandeira", nos conhecemos há treze anos e logo descobrimos afinidades entre nós, o papo, os planos para o futuro, sonhos enfim. Tivemos apenas um encontro, cheio de emoções e descobertas, te levei para conhecer alguns pontos turísticos de Natal. A marinha te mandou de volta por mares sem fim nas estradas da vida em tuas empreitadas. Retornastes ao Rio de Janeiro onde seguistes a vida ao ir e vir da marinha, como costumavas mencionar. Ainda nos comunicamos algumas vezes fortuitas; me falavas da tua vida, eu te falava da minha. Eu sentia um vazio, um aperto no peito, indagava ao destino: por que nos juntou e logo nos separou? A vida seguiu seu curso, trabalho, estudos, batalhas…vivemos, sofremos, porém nunca nos esquecemos. Foi apenas um encontro, um olhar, abraços tão apertados que até parecia medo de nos perder, carinhos, beijos molhados, caricias e entrega de almas....

Ah a vida, outra vez nos "juntou," há pouco nos reencontramos, segundo encontro após mais de uma década, exatamente treze anos se passaram, enquanto estivemos separados. Recebi ligação tua, que surpresa, coração saltitou, queria te rever, formulei expectativas em minha mente: como será que ele está? o que esperará de mim? será que vai me achar muito diferente, logo iniciei um platonismo sem medidas, pensando enquanto tu vinhas por esses mares sem fim.

Nos reencontramos no cais do porto; novamente aquele olhar profundo, o abraço amigo, o beijo o sussurro: que saudades de tí! te apresentei meu filhinho, fostes amável com ele e reconquistastes o meu coração e respeito. Seguimos como dois adolescentes, coração pulsava acelerado, olhos brilhantes, pensamentos alados, fomos jantar no mesmo lugar...seguimos pela Via Costeira, te levei em minha casa, te acolhi em meu pequeno espaço, conversamos tudo sobre nossos passados e na madrugada nos amamos como amantes apaixonados. Ah, como foi bom, te beijava e abraçava como se fosse de fato, a nossa última noite. Amanhecemos juntinhos no mesmo ambiente, eu, você, meu filhinho, até parecíamos uma família. Na manhã ainda conversamos sobre o passado e presente alguns beijos, trocamos palavras, algumas claras, outras sem significado claro, logo entendi que seria, nosso último encontro. Te levei ao centro para que tu reencontraste um velho amigo, levastes contigo um pouco de mim, ficou comigo um pouco de tí. Voltei para o meu mundo, meu destino é esse, encontro e desencontros, parece que não nasci para me prender materialmente a alguém. Às 13: 45 horas me ligaste,acordado-me, meu coração acelerou ao ouvir tua voz. Estavas no ponto de partida aonde te reencontrei, me agradeceu pelo momento, recomendou-me sobre meu "pimpolhinho", que eu siga em frente com meus sonhos. Me deu um aperto enorme no coração, pareceu-me um adeus, pois não sei se terei chances de revê-lo. Vai meu "amor", siga pelos mares sem fim e quando precisares de um porto seguro retorne para os meus braços.