MINHAS MEMÓRIAS SUICIDA
Oh! dúvida atroz que me atormenta,
Que meu Cérebro insano alimenta,
Nesta vida ficar ou partir,
Há anos vegeto, sobrevivo...
Neste mundo tridimensional, empírico
Dissimuladamente a sorrir,
No meu âmago há vis pensamentos
Que inebria-me, domina-me e consome-me
Qual os filhos dos insetos saprófagos,
Fui proscrito de minha parentela
Condenado a solidão perpétua
Repelido de ambientes sociais,
A vida essa doce e efêmera alegria
Transformou-se em nostalgia
Cruel banzo, melancolia...
Será a morte a liberdade?
E a vida cruel cárcere?
O paradoxo existencial...!
Talvez....
A vida plena resida na morte
Que liberta-te da clausura da carne,
Para conhecer as plagas etéreas, incomensuráveis
Residir entre as Deidades, evoluir, luzir..
Se meu conceito estiver certo
A morte é meu destino correto
Não há porque presumir.
Porém...
Caso esteja errado jamais saberei a verdade
Pois, a morte será a inexistência do "EU"
Chegou o fim de todas as vaidades
Voltarei ao princípio, a materialidade
Viverei em "outras vidas" por toda eternidade.
(PARTE DE MIM SEMPRE FARÁ PARTE DE ALGUMA COISA É A TRANSFORMAÇÃO DA MATÉRIA. "OUTRAS VIDAS")
ILÁRIO MOREIRA
19/11/2015