“Não me leia” poderia ser um título, seria apelativo então, o deixo sem este atrativo.

“Não me leia” poderia ser um título, seria apelativo então, o deixo sem este atrativo.

O mundo está cansativo, as pessoas estão cansativas e viver tem se tornado um fardo.

Mas não se deve parar a caminhada, não devemos nos submeter aos ataques deveras destrutivos que nos dão em combate.

No meio de tantas outras opiniões vinculadas, armadas, explodindo em redes sociais com suas curtidas, me contento aos que me leem de bom grado, já que o agrado massageia nossa necessidade de um bom ouvido amigo.

“Tenho em mim todos os sonhos do mundo” disse o Poeta, mas em mim há apenas todos os ferimentos do mundo. Certas feridas irrelevantes para os alheios a nós.

Apesar de não parecer, apesar de imperceptível ou não, eu falo muito de mim e seria uma violação ao meu espirito ter entrelinhas de minha alma paragrafadas sem a honestidade da qual devo depositar para que você que me lê acredite em mim, mas devo-lhe avisar em um pedido: Por favor, me compreenda.

Há em mim um único desejo, aquele desejo profundo o qual confundo.

Não sei se quero que os alheios fiquem aquém ou se quero egoistamente atender a esta necessidade egocêntrica humana de que olhemos para o mesmo horizonte.

Não me entenda mal meu amigo, não quero ser discípulos ou ter um discipulado. Não quero que andem comigo seguindo os meus passos, mas pobremente, infantilmente tenho escrito sobre amor expressando na verdade a minha aposta.

Eu aposto que possamos nos aceitar, sejamos nós ao invés dessa guerra chata dicotômica, sejamos sangue de nosso sangue sem precisar derramar sangue de ninguém.

Sem ferir, sem desamar.

Vamos nos desarmar!