Trocando as bolas!

Um dia eu era filha, mas na verdade era mãe dela

tinha uma filha mãe muito rebelde e má!

Ela não me escutava e não me defendia,

Mas eu vivia preocupada com ela.

Um dia eu era filha, mas na verdade era mãe dela!

Ouvia suas brigas e ansiedades...

Recebia em minha alma as dores de seus anceios perdidos

e guardava sem saber tudo perdido dentro de mim.

Quando tentava fugir ou gritar,

não havia quem ouvisse minha voz,

porque eu era filha, só que na verdade era mãe dela.

Um dia eu era filha que estava me torando mulher,

Mas minha filha mãe se revoltou...

E agora... Onde ira depositar toda dor?

Um dia eu era filha já era mulher,

Já não queria mais ter uma filha mãe;

Queria saber o gosto de ser cuidada e de não mais cuidar...

Um dia eu era filha que iria me casar

Mas como mãe que é filha não sabe dar colo...

Tive que aprender a brotar sozinha...

Um dia eu era filha que estava gerando uma vida,

um dia esta vida que eu gerava se esvaiu,

Mas como eu era filha que era mãe,

Não podia esperar receber colo,

afinal, mães que são filhas não sabem dar colo.

Um dia eu era filha que finalmente seria mãe

Não mãe comum... Mãe especial...

Mãe em um mundo azul...

Mas como a vida toda eu fui filha que era mãe...

Continuo aqui.. Aprendendo sozinha como se faz...

Mas fazer o quê?

Afinal ... A vida inteira eu sempre fui filha que era mãe!

Angela Wolf
Enviado por Angela Wolf em 10/12/2015
Código do texto: T5475810
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