Consciência/existência
 
Não sei se valeria à pena pensar sobre a existência imaginada se uma outra não existisse, já que sabemos da transitoriedade desta concepção e da fugacidade do que entenderíamos como vida. Toda cultura acumulada de nada serve fora desse entendimento e a única coisa que se justificaria seria o prazer e o bem estar em todas as suas formas, enquanto durasse o que denominamos existência. Isso eventualmente dispensa o pensamento complexo, já que o sofrimento e o desprazer acompanhará a existência do homem independente de sua cultura e sequer sua consciência do que é, mais próxima do prepotente sentido de finitude, o salvará dele. O entendimento do universo e seu mecanismo é possivelmente a busca da continuidade do que se entende como vida que, na ausência dessa opção, outra desejavelmente melhor a substituiria. Ideias absurdas serão bem-vindas, desde que, ao modificarem os paradigmas da compreensão, tragam o conforto da boa substituição.