E se?

E se eu for até sua casa? E se eu comprar passagem de pijama e bater na sua porta de pijama mesmo, que é pra mostrar a pressa? E se eu for até sua casa segurando meu coração? E se eu pedir de joelhos, aos prantos, pra você cuidar dele? E se eu disser os "eu te amo" que economizei só porque você, perdida e sem amor pra dar, quis ir embora? E se, novamente aos prantos, eu tirar toda roupa, me despir a alma toda? E se eu te beijar com a mesma certeza da primeira vez? E se eu te olhar nos olhos e entregar tudo? E se eu deixar você ler meus pensamentos? E se eu te entregar a coletania de cartas não terminadas e versos sem brilho que te escrevi? E se eu pedir pra você sentar no sofá e não levantar até compreender os meus motivos, aqueles de quando te pedi pra me deixar em paz? E se eu disser que posso te ensinar tudo que sei do amor? E se eu te disser que do amor nada sei? E se eu pedir pra ficar? Você me mandaria partir?