Elitização?

Há elitização nos ideais, nas classes sociais e até no meu cachorro quente. Meu hambúrguer agora é goumert, minha panqueca não é pra comer e o café só se faz se água não estiver fervente.

“Ora meu senhor, toda festa é feita para os vip’s de camarote, a gente só vende pista para quem tiver a sorte de ter a meia para pagar e se você tiver muito real pode pagar para ter o aval de ficar em open bar. Cerveja é para os fracos ele toma whisky com redbull, se ele pedir pitú já sei quem não tem dinheiro para bancar.”

Ninguém se importam mais com sabor, a bebida pode ter gosto de cocô, mas se for muito cara é boa de tomar.

Ninguém precisa mais caprichar na comida, é só colocar na propaganda o artista dizendo o que todos tem que comer, o supermercado faz fila da porta até a china e o cuscuz deixa de vender.

Forró agora é festa pra Madona. Esqueça a zabumba, o triangulo e a sanfona, porque se acabou o baião.

Fique quieto em sua poltrona, pegue seu leptop e poste as fotos do camarote top lá do show de safadão.

Do outro lado tem até os que odeiam moda, se todo mundo gosta ele não vai fazer. Já diz logo que odeia esse negocio de modinha, que pode ser o papa ou a rainha que ele não vai querer.

Se ficar famoso ele deixar de gostar, até se for uma musica boa ele para de cantar. Ele diz que é Culto e intelectual, que gosta de ficar em casa vendo netflix do que ir para o carnaval. Vociferando a todos os cantos que é diferente, mas é igual, pois mesmo ele não gostando de camarote de safadão ele ostenta essa elitização que para o pobre não dá moral.

Onde só ele pode ser, só ele pode ter.