ponta com ponta

Como quem finalmente olha-se por completa, sem nenhuma outra metade para se fragmentar.

Como quem, por fim, entende-se como peça sem encaixe de quebra cabeça algum. E sem nenhum outro ângulo para ser olhada.

Enfim, encontra suas bordas e põe seus pedaços todos no lugar, une ponta com ponta e fecha um desenho inacabado.

Completa, por si. Sem nada mais a decodificar, sem peça soltas do seu lugar, sem linha com ponta solta no ar.

Simples e completa, como muito procurei me fechar, como muito procurei me fazer.

Nada sinto.

Hoje, muito sou.

Sabrina Vieira
Enviado por Sabrina Vieira em 28/02/2016
Código do texto: T5558066
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