A teoria do homem cordial

Mas é muito fácil perceber que os homens nunca irão se dar bem

União por união, afetividade por afetividade,

o sempre é simples

e nacionalista.

Uma sociedade incrível, demagoga e niilista

Não se dá nem ao romance de partidos, entre tapas e beijos.

Dança, criança, vague a vida

e faça dos cavalinhos

um grande desenho;

a entender

dos pedalinhos

o que foi engenho.

A entender dos tucanos,

a foice em vermelho.

A entender que passar os panos

é mendigo sorrateiro.

A briga política de partidos

de corações partidos

e ilusões regadas.

Ali fique, ali dance

e ali se encante,

com teus passos,

o político delirante.

Os olhos viram o mundo

mas o mundo não viu teu voto.

A política máquina de escrever

desígnios que sobem ao muro

apenas para retroceder.

Duas palavras

Dois partidos, dois tetos

Desconstrução, Chico Buarque.

Não sei eu

não sei vocês

estamos num parque.

E quem somos nós,

para direcionar o barco rumo ao nada?

E quem são os barcos, senão aqueles que nos levam,

e nos levam?

E quem são os votos, senão aqueles que nos levam,

e nos levam?

E quem nos leva, senão a planta esquerda dos olhos direitos do vizinho da casa ao lado?

Quais serão as promesas de hoje, que não serão a vaias do Impeachment de amanhã?

Alexandre Bonilha
Enviado por Alexandre Bonilha em 13/03/2016
Reeditado em 13/03/2016
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