Corpo presente respeito inexistente.

Doutor! Me perdoe pela ignorância, pela falta de modos e pelas roupas maltrapilhas. Me perdoe também pela fraqueza em argumentar a meu favor. Ando meio doente, me alimentando mal, para chegar até aqui tive que andar horas sob o sol escaldante, ao deixar meu barraco não pude fazer o desjejum para não faltar para as crianças, o desemprego me açoita há meses, e corro o risco de ser preso por desacato a autoridade se reclamar dos políticos da minha cidade e pais.

No entrando doutor, no antro da minha ignorância, tenho consciência de que sou honesto e reconheço a desonestidade só de olhar para os sujeitos que a praticam, e, ainda são respaldados e protegidos pela lei e pela justiça uma vez que sofrem de absoluta ausência da moralidade que deveria regra-lo.

Valéria Nunes de Almeida e Almeida
Enviado por Valéria Nunes de Almeida e Almeida em 31/03/2016
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