Mudando nossas vidas

Sempre chega um momento em que a pessoa percebe que a vida dela precisa dar uma guinada ou sente que precisa mudar, mas não sabe o que fazer, nem a quem pedir orientação. Neste momento, uma das coisas mais sensatas a se fazer é a seguinte: não recorrer a livros de autoajuda. Eles sempre vêm com fórmulas prontas, como se bastasse programar a mente desta ou daquela maneira para perder uns quilos, ser feliz no amor, resolver seus problemas financeiros ou ter a profissão dos seus sonhos. Livros desta espécie costumam generalizar a maneira de se dirigir aos problemas comuns dos seres humanos e parecem esquecer, muito convenientemente, que cada pessoa é única. O que serve a uma, não serve a outra. Além disso, eles só ajudam mesmo a quem os escreve que, por saber usar uma linguagem fácil e dizer o que as pessoas querem ouvir, encontram no mercado da autoajuda um negócio altamente rentável.

Quem sente que precisa mudar sua vida em algum sentido precisa se autoconhecer, aprender a ouvir a si próprio, reconhecer-se como indivíduo, analisar a causa dos seus anseios, o que move seus atos e em que medida suas decisões são influenciadas pelo meio em que vivem. Talvez não uma pessoa não consiga fazer isso sozinha e, se não consegui-lo, deve procurar ajuda. O importante é que ela busque os meios para se conhecer melhor, o que permitirá que ela se reinvente, mude come sente que precisa mudar. Aliás, ela deve mudar primeiro por si mesma e para si mesma e se sentir que precisa fazê-lo e não porque os outros querem que ela o faça. Ela está neste mundo para viver sua vida e não para ser projeto de mais ninguém. Mudar significa transformar-se interiormente, não permitir se moldar como massa, porque isto seria o mesmo que não ter personalidade.

Mudando a si mesmo e à própria vida, isto modificará a forma como as pessoas olharão para ela ou ele, e a visão que a pessoa tem do mundo se expandirá, porque ela se descobrirá mais capaz do que imaginava.