SIMETRIA DA FOME

Vergonha na cara...

Vergonha, vergonha, vergonha.

Ativos saqueiam fortunas

Filhos da fera...

Em nome da fome dos inexistentes.

Exprimir se em sintonia.

Faz o silencio nas pegadas finas

Nas madrugadas, feito gatos escaldados.

Filhos das outras, sendo eles o proprio rato...

Sai do cenário, da boca da fome...

A paciência é o inverso de matar a fome

Fome de amor; laços das poesias.

Fome do desejo; eterno pensar.

Fome do trabalho; brilho e orgulho.

Fome de musica; acalento merecido.

Fome de justiça; prato feito dos poetas...

Fomes dos inquietos; virtude em suportar dores.

A fome tem pressa de ser eliminada.

Das inquietações a vergonha de quem não tem!

A paciência é o sucesso do retorno.

Simetria da fome e do coração.

Nada fora da mão... Da mão de quem precisa

Pinta os poetas. Não revela ciúmes...

Cura sem cirurgia.

Simplesmente matando a sua fome.

Escrito por Orlando Oliveira em 23 de abril de 2016