~~LIMITES~~

Somos as primeiras gerações

de pais decididos a não repetir

com os filhos, os erros de nossos

progenitores...

... e com o esforço de abolirmos

os abusos do passado...

... somos os pais mais dedicados

e compreensivos.

Ma, por outro lado...

... os mais bobos e inseguros que

já houve na história.

O grave é que estamos lidando com

crianças mais "espertas" do que nós,

ousadas, e mais "poderosas' que nunca!

Parece que, em nossa tentativa de

sermos os pais que queríamos ser,

passamos de um extremo ao outro.

Assim, somos a última geração de

filhos que obedeceram a seus pais...

... e a primeira geração de pais que

obedecem a seus filhos.

Os últimos que tivemos medo dos

pais...

... e os primeiros que tememos os

filhos.

Os últimos que cresceram sob o

comando dos pais...

... e os primeiros que vivem sob o

jugo dos filhos.

E, o que é pior...

... os últimos que respeitamos

nossos pais...

... e os primeiros que aceitamos que

nossos filhos nos faltem com o respeito.

À medida que o permissível substituiu

o autoritarismo, os termos das relações

familiares mudou de forma radical...

... para o bem e para o mal.

Com efeito, antes se considerava um

bom pai, aqueles cujos filhos se

comportavam bem, obedeciam suas

ordens, e os tratavam com o devido

respeito.

E bons filhos, as crianças que eram

formais, e veneravam seus pais, mas

à medida em que as fronteiras hierárquicas

entre nós e nossos filhos foram se desvanecendo...

...hoje, os bons pais são aqueles que

conseguem que seus filhos os amem,

ainda que pouco o respeitem.

E são os filhos, quem agora, esperam

respeito de seus pais, pretendendo de

tal maneira que respeitem suas ideias,

seus gostos, suas preferências e sua

forma de agir e viver.

E que além disso, que patrocinem

no que necessitarem para tal fim.

Quer dizer:

os papéis se inverteram.

Agora são os pais que têm que agradar

a seus filhos "ganhá-los" e não o inverso

como no passado.

Isto explica o esforço que fazem tantos

pais e mães para serem os melhores

amigos e "darem tudo" a seus filhos.

Dizem que os extremos se atraem.

Se o autoritarismo do passado encheu

os filhos de medo de seus pais...

... a debilidade do presente os preenche

de medo e menosprezo... aos nos verem

tão débeis e perdidos como eles.

Os filhos precisam perceber que durante

a infância, estamos à frente de suas vidas,

como líderes capazes de sujeitá-los quando

não os podemos conter...

... e de guiá-los, enquanto não sabem para

onde vão...

É assim que evitaremos que as novas

gerações se afoguem no descontrole e

tédio no qual está afundando uma

sociedade que parece ir à deriva, sem

parâmetros nem destino.

Se o autoritarismo a suplanta, o permissível

sufoca.

Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes

permitirá confiar em nossa idoneidade para

governar suas vidas enquanto forem menores,

porque vamos à frente liberando-os...

e não atrás, carregando-os e rendidos às

suas vontades.

Os limites abrigam o indivíduo com amor

ilimitado e profundo respeito.

~~EDEMILSON RIBAS~~

Edemilson Ribas
Enviado por Edemilson Ribas em 29/05/2016
Código do texto: T5650292
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