Sorrisos de plástico, olhares de vidro, abraços de madeira, beijos de gelo… Dedos sensíveis

Sorrisos de plástico, olhares de vidro, abraços de madeira, beijos de gelo… Dedos sensíveis. Se olharmos para os lados, vemos pessoas cada vez menos humanizadas e mais tecnológicas. Sabemos mais sobre os problemas no nosso celular do que no nosso coração. Resolvemos com rapidez e facilidade o travamento na internet, mas deixamos muito a desejar quando os nossos relacionamentos se travam. Acreditamos que as pessoas podem ser entendidas como números, onde 2+2 sempre será 4. Deixamos de estar junto, para estar conectado. Conectados com quem? Com pessoas? Trocando experiência de vida? Sinto que não. Uma grande amiga usa o dito “coma um quilo de sal juntos para se conhecer”. Como comer um quilo de sal, ou mesmo uma pitadinha, se as pessoas não convivem?

Passar tempo com amigos, sem mexer no celular: raridade.

Olhar no olho para falar o que sente e como sente: preciosidade. Tempo para ouvir?

Tempo para ser visto?

Alguém para acolher suas lágrimas?

O som de amigos rindo?

O prazer de andar de mãos dadas?

O toque no rosto?

Demonstrações do quanto somos importantes?

São atitudes que somente quem ainda é humano faz. Os demais reagem com o simples clicar dos dedos: curtir, compartilhar, “amei”, “uau”…

São sorrisos de plástico, olhares de vidro, abraços de madeira, beijos de gelo… Apenas dedos sensíveis.