Sobre sonhos guardados
Hoje foi um daqueles dias em que a gente abre aquele aposento da nossa casa interior o qual só vive trancado. Um aposento secreto no qual diversas vezes evitamos entrar. Pois, sabemos que lá encontraremos tudo que está guardado: lembranças de um passado que vivemos e de um futuro não vivido. Sim...de um futuro que nunca foi passado e nem presente. Sem dúvida esta é a pior lembrança e a mais dolorosa. Este futuro morto guardo numa caixa fechada e trancada. Afinal, abrir a mesma é fazer lembrar daquele grande sonho que é a nossa essência e que alimenta nossa alma. Mas, também nos faz lembrar de nossa incapacidade, falta de coragem, não realização...MEDO. Ele, o medo, foi o maior culpado em aprisionar meu maior sonho. Será que não dá para jogar esta caixa com conteúdo velho fora? Não...não dá! Pois, por mais que eu tente descartá-lo, por mais escondido que esteja...quase às traças e cheio de poeira...este sonho velho e morto ainda continua jovem e vivo dentro de mim!