Dor... tristeza... remorso

Há exatamente um ano, depois de um dia inteiro no consultório da Dra. Cristina, psiquiatra. Voltei para casa ao entardecer, cansada e deprimida passei rapidamente pela minha filha e meus netos. Avisei que ia descansar um pouco no meu quarto. Comi alguma coisa na cozinha e fui direto para meu quarto. Mal me deitei, meu neto bateu e abriu a porta com aquele sorriso encantador ele estava com capacete amarelo e com sorriso lindo que nunca quero esquecer, dizendo ___ Vovó você não vai me levar ao hospital que você falou amanhã? Na verdade eu havia prometido no dia anterior que ia levá-lo a igreja. Esse foi a ultima vez que ouvi sua voz e vi seu sorriso. Dali me levantei e fui atras dele, inconscientemente voltei para meu quarto. Em seguida minha filha grita, __ Mãe, o Henry está ai com você? Respondi: ___ Ele passou por aqui agora. Ela sai a procura dele com o bebê no colo. Ela foi procura-lo no fundo da casa e fui a rua. Quando volto, encontro ela subindo a rampa da ´piscina e depositando o bebê no chão. Eu subo a rampa pego o bebê no chão, sem entender o que estava acontecendo, nesse momento a gente fica num mundo paralelo. Meu desespero aumentou quando vi minha filha gritando de dor.... a dor maior. Há um ano, ainda ele estava aqui. Parece um pesadelo, penso que vou acordar e encontrar o meu menino batendo a minha porta. Ah... meu Deus se pudesse voltar no tempo, mesmo cansada levaria dali e evitaria que ele fosse correr atras do gato como gostar de fazer. Por que pedi para esperar, dizendo que era cedo ainda?

Sendo que já era tarde demais....