Momentaneamente só

Os laços desatados, devidamente separados.

Duas pontas sem nó, sem ligação alguma,

Porém sóbrio, pelo tempo, pelas horas, pelos dias,

Faz se presente, a incerteza.

Mas nada abala, a convicção do passageiro,

do inusitado, mesmo que dolorido.

Tensão pela reação ocasionada.

Temor pela perda inesperada

Foi um momento impressionante

Explodia uma bola de fogo

Percorria o mundo a triste notícia

Qual seria o nome do jogo

Pânico nos céus, mas foi no solo.

Nem sequer uma esperança

Que trouxesse à lembrança

De algo tão forte e destruidor

Caiu paredes, ruiu em fogo

O céu ficou escuro, da fumaça

Que se via, de longe o rastro

Da nave destruída.

Foi se homens, mulheres, bebes, foi se bruscamente retirados,

Já sem vida, e da solidariedade dos amigos, dos parentes,

Dos maridos, dos filhos, primos, dos voluntários, dos que trabalhavam,

Dos que estavam de folga.

Enfim, mais um triste fim

E a pergunta que fica no ar

Porque?

E agora?

Roberto F Storti
Enviado por Roberto F Storti em 19/07/2007
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