Excelência das coisas mundanas.

A teoria existe para nos mostrar como é que algo, que queremos ou podemos realizar, poderá ser feito na prática. Muitas vezes, no entanto, tomamos o caminho inverso; aprendemos primeiro na prática. Neste caso seremos, com certeza, os criadores da teoria; da nossa teoria. Que não será melhor que as demais, nem pior; apenas, talvez, diferente!

Tudo isso para dizer o quê? Que podemos aprender no banco da escola ou nos caminhos da vida. Não importa de onde venha o nosso aprendizado, se de forma catedrática ou autodidata. Importante é saber que qualquer um pode atingir a excelência naquilo que se propõe a fazer ou ser medíocre como a maioria. Só que a maioria sempre segue os poucos. Não porque estes sejam de fato os escolhidos, mas porque se destacaram. E ninguém se destaca por acaso, por falta de mérito. Muito pelo contrário...

Qual o caminho mais curto e mais seguro? O da verdade. A verdade, entretanto, é a verdade de cada um. E nem todos estão dispostos ou em condições de compartilhá-la. E a razão é muito simples: vivemos num mundo competitivo onde a verdade é sempre relativa, geralmente revestida de dogmas e paradígmas.

Toda teoria é um paradigma científico e, em tese, revestido de verdade; nem todo dogma, no entanto, estará revestido dela mas será usado com autoridade para fazer prevalecer a vontade de quem está no comando – seja ela de interesse público ou apenas pessoal. O que distingue um do outro é a diferença entre a crença e a fé. Aqueles que compreendem, ficam com a primeira; aqueles que entendem, com a segunda. E aqueles que não compreendem nem entendem apenas acompanham cegamente o movimento da manada, mesmo que ela esteja seguindo para o abismo.

E agora chegamos à encruzilhada da questão: estamos numa política de idealismo ou de resultados? Estamos formulando teorias ou praticando as de terceiros para ver no que dá a receita do bolo? O Brasil vive um momento de caos. É fato notório isso. No entanto, qual é a nossa responsabilidade nisso tudo? Assistir a tudo passivamente ou participar do processo? Se for para participar, vamos fazê-lo com conhecimento de causa, com paixão pelo que defendemos e no qual acreditamos. Do contrário, é melhor ficar em casa e assistir tudo pela TV...

Se formos escolhidos, ótimo! Estamos na luta! Se formos preteridos, paciência... cada um colhe o que planta! Que nossas sementes sejam boas, independente de quando seja a colheita!

Lourenço Oliveira
Enviado por Lourenço Oliveira em 10/08/2016
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