A geração que tem que .. tem que ser o que é e não o que dizem.

Permita-se ser o que é e não o que dizem para você ser.

Incrível como nos últimos tempos viralizam textos na internet de pessoas que mudaram drásticamente e encontraram a felicidade. Seja por um pedido de demissão, seja pelo término de uma relação, seja por isso, seja por aquilo.. E também de textos que nos "ensinam a como devemos ser".

O tempo todo somos induzidos a pensar que a nossa vida não é suficientemente boa, que a vida das outras pessoas é melhor do que a nossa, somos induzidos a ler textos que seriam motivadores, mas que no fundo, bem lá no fundo, são extremamente frustrantes e até mesmo, por que não, depressivos para quem lê. E o motivo nós sabemos: queremos viver uma vida que não é a nossa.

Talvez o problema esteja na ansiedade e na confusão.

No que diz respeito ao término de uma relação, tudo bem, concordo. Muitas relações começam da noite pro dia, e num momento de intenso sentimento temporário (tesão da porra), que, como sabemos, confundimos com aquele amor arrebatador que todos sempre esperam. Com o tempo surgem as brigas e no fim temos duas pessoas, enganadas, se magoando. Muitas das vezes é esse tipo de relação que deixa as pessoas frias. E esse tipo de relação sim, deve ser desfeita. Não quero dizer que isso é regra, mas você há de concordar.. que você tem amigos e amigas nessa situação. Mas também, existe aquela relação gostosa, que nasceu naturalmente, saudável, alegre, intensa, duradoura e que, fatalmente e humanamente, existem brigas. E é o término desse tipo de relação que me preocupa. Hoje, somos estimulados a sermos livres. A viver o que o mundo nos oferece, mas aqui o mundo lhe ofereceu o melhor que ele podia: algo que você pode sonhar e viver, simultaneamente.

Quanto ao emprego: você tem condições de largar o emprego, jogar tudo pro alto e ir viajar sem precisar se preocupar? Ou a pedir demissão e ir vender arte na praia? Eu não tenho, e dentro da minha realidade não conheço nenhuma pessoa que tenha. Vamos levar em consideração a parte real da população que trabalha, cuida de casa, enfrenta fila no mercado pra comprar alho na promoção, estuda, cria filhos (quem tem sabe do que estou falando: tiro pela minha sobrinha) parcela uma viagem em 10 vezes sem juros no cartão, paga prestação de carro e seguro. Sinceramente, gosto do meu trabalho e gostava do meu trabalho anterior. Gosto da minha realidade. Isso faz parte do meu dia feliz. Nunca precisei pensar em largar tudo para querer ser feliz (mas quando me aposentar, quero ir viver no interior, andar de camionete, tocar gado, alimentar os porcos, beber pinga e reunir os amigos; e como diz meu primo Gugu: lá no sertão de Goiás).

Devemos sim, claro, aspirar coisa boas. Devemos sim, claro, ser ambiciosos. Devemos sim, claro, assumir riscos, mas não de forma irresponsável. Devemos sim arriscar, mas não da forma que imprudente. O risco é necessário, inclusive. Augusto Cury escreveu: "A Vida é um Contrato de Risco. Basta estar vivo para correr riscos. Risco de fracassar, ser rejeitado, frustrar-se consigo mesmo, decepcionar-se com os outros, ser incompreendido, ofendido, reprovado, adoecer. Não devemos correr riscos irresponsáveis, mas também não devemos temer andar por terrenos desconhecidos, respirar ares nunca antes aspirados."

O que importa é que seja feliz. Se achar que não tem motivos, as paraolimpíadas estão chegando. Dê uma olhada.

Sherlock Holmes disse, em O Cão de Baskerville: “O mundo está cheio de coisas óbvias que ninguém jamais observa.”

Não se permita viver uma vida que não seja a sua e faça da sua o que você é. Seja feliz!

Tiago Romaneli
Enviado por Tiago Romaneli em 24/08/2016
Reeditado em 24/08/2016
Código do texto: T5738447
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