A Quebra do Bruto

A cratera que se abre no meu peito,

Foi tu que fizeste.

A bruma negra que paira meu norte,

Foi tu que criaste.

A leveza de minha força,

Foi tu que furtaste.

O meu poder de enfrentamento,

Foi tu que amedrontaste.

Agora, o que queres de mais de mim?

Não te sacias com a essência de minha áurea?

Por que não deixas a carcaça que me resta?

Pois bem, eu mesmo respondo-te:

Tu, ó fera onírica, ou melhor,

Que agora é concreta,

Tens inveja, sim...Inveja!!!

De minha glória visceral e sangüínea

Que herdei em tempos que

Meus ancestrais derrotaram

Tua maleficência!

Mas assim como a neve retorno ao

Líquido puro da vida,

O flúvio que deságua no mar

Torna-se brando,

Tu definharás sob a doçura

De minhas próprias forças

Assim sendo, permito-te

A junção de minha vida.

Daniel S Costa
Enviado por Daniel S Costa em 21/07/2007
Reeditado em 21/01/2010
Código do texto: T574277
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