Esta é uma republicação de 2008, como se fossem páginas de um diário, que chamei de Diário de uma chegada, e escrevia diariamente um pouco sobre a tal espera. Aqui alguns fragmentos.
 
 
 
Trata-se de uma página de um Diário que escrevi, antes da chegada de um certo alguém, que esperava. O que conta na verdade é o conteúdo poético.
 
 



                    


 
Diário de uma chegada...
 
 
Começando hoje, em 17/03/08,
Virei aqui sempre que desejar escreverei algo sobre e espera, sobre mim, sobre ti. Sobre nós...
Podem ser verdades, metáforas sempre serão, ou mesmo pura fantasia, desejo, imaginação...
 
 
Antes de a noite findar eis que escutava Ângela Roro, um CD inteiro até que chegue tua música, e ela vem prenunciada de tantas canções amorosas e melancólicas. Acalmam-me, incrivelmente me acalmam, me remetem a um giro no tempo, num tempo de tantos supostos amores, e me pego a vasculhar caixas (tenho algumas), cartões, papéis cheirando a passado. Sempre em alguma época vou me desfazendo, assim como me desfaço das caixas com entulhos interiores, mas engraçado, pus fora papéis, fotos, relíquias irrecuperáveis e arrependi-me...
Confusão que fiz muito,
Desfazer afinal de que?
Das fotos ou dos sentimentos?
Das cartas ou das Mágoas?
Das lembranças ou dos cartões?
Confesso que por vezes me confundo...
Está tocando agora...
“Amor meu grande amor“



                     


 
Cena 2 (Dois)
 
Remeto-me então a ti, saio do papel embolorado, mudo de cena e chego a meados de janeiro/fevereiro, essa, foi a primeira música comum de nós dois...
E quando me tiver que eu seja a última e a primeira.”
Essa embala meu coração hoje, assim como embala também Cazuza e Bebel,



                    


 
Cena 3 (Três)
 
Minha rede balança ao luar ponho lenha na nossa fogueira, o fogo precisa arder...
Aqueço meus pés nos teus...
Então olhamos o céu, cobertinho de estrelas, iluminando a escuridão...
Então... Estamos juntos na nossa rede e somos assim um para o outro como as estrelas...
Iluminamos nossas escuridões.
Faz frio... Estou recolhida inteira em ti, encolhida em teus braços e a madrugada,
Ah a madrugada...
Como peço para parar, Não amanhecer...
Eternizar...
Eternizar...
 
 
 
Em 14 de junho de 2008





 

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Este texto faz parte do Exercício Criativo - Página do meu Diário
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Roseane Namastê
Enviado por Roseane Namastê em 14/09/2016
Reeditado em 15/09/2016
Código do texto: T5761195
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