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Ele assim como eu imaginava-se sendo observado por milhares

Ele assim como eu instigava-se pelo desejo de ser reconhecido

Ele assim como eu vive em um lar pressionado pelos olhares de seus pais

E ele assim como eu se apoixonara pela garota libertária

Ele assim como eu se tornou um tolo aos pés daquela frágil alma independente

Ele assim como eu via que ela não precisara de nada, de lar, de alguém, muito menos de algo para sentir

Ele assim como eu era um sonhador pequeno trancado em um globo de cristal

Ele assim como eu apenas observava tudo e todos em suas anotações

Ele assim como eu se sentia aflito pelas emoções do mundo

Ele assim como eu odiava todos

Ele assim como eu se viu bem nos braços dela

Ele assim como eu jamais percebera o que lhe passara em sua cabeça

Ele diferente de mim escreve seu diário

Eu diferente dele escrevo minha pobres canções, meus sensíveis versos e tenho comigo meu diário de poemas ruins

Ele assim como eu vivíamos nos escondendo das coisas e fugindo dos problemas

Ele também assim como eu que se apaixonara pela garota de cabelos negros e olhar penetrante que fixa na mente de qualquer um

É um olhar doce, sádico, sensível, perturbador, delicado e mais que isso é o olhar que nos faz peceber, eu e ele, que ela é a única que pode e que irá e que o fez, ela quem nos mostrou o mundo de uma outra forma, a forma que eu expresso em notas e ele em seu papel e lápis.

Matheus Augusto Buarque
Enviado por Matheus Augusto Buarque em 05/11/2016
Reeditado em 26/10/2017
Código do texto: T5813903
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