Relações Humanas
Os sentidos completos meio que denunciam algo que está solto no ar, entre nós. Alguma coisa tênue, prestes a findar num filete de fumaça...
Não é fácil me arriscar a fazer o que pretendo fazer, mas há de se ter coragem e andando sempre em frente. Há uma certa nebulosidade pairando e que envolve sufocando minhas idéias... te afeta e me afeta, em sincronia; uma certa verdade disfarçada... Quase inexiste.
A necessidade do objeto é que me faz vir aqui onde estou a me fazer. Venho sem razões: pela simples desocupação. E sem saber – ou sei? –, vou esvaziando aos poucos, a cada dia, a cada linha escrita que deixo para trás, já sentindo saudade.
Falo sobre um tudo que aos teus olhos parece um nada, mas que ainda assim, mantém a sua forma de tudo cravada na rocha dura que sou e da qual me formo e reformo a cada instante novo que chega por que teve que chegar - é sempre assim... Sou a prata reluzente e que foi exposta a um Sol. Quando estou transbordando, corro para ti, pronto para te fazer companhia. Insisto nessa espécie de salvação que me conforta, pois esvazia. Não por completo: ainda é preciso que alguma coisa dessa coisa-rara sobre em raso no fundo extenso da minha alma de veias abertas, dilatadas.
Esta minha obsessão pelo que é ar, do ar, acaba por me sufocar lentamente, numa abundância enganosa a qual me atiro com entrega, por inteiro, e sem enxergar o que vem à frente, frente próxima.
Cansei das rasuras como projeto de vida: quero, a partir de agora, este vazio sem fim e que segue para lá {:}