DIAS CORRENTES
DIAS CORRENTES
10 versos x 7 L
01 Está chegando o final
De mais um ano corrente
O que faz o pensador
Fazer cálculo na mente
Uma equação ao vento
Que passa veloz ou lento
Mas sempre seguindo em frente
02 A existência se compara
A um rio em corredeira
O tempo é a plataforma
Da corrente na ladeira
Ambas perfazem a via
Onde as águas em primazia
Vão quebrando em cachoeiras
03 Tambem há analogias
Com pessoas em ação
Cada uma tem um ser
Que segue uma noção
Como as águas vão pro mar
E o vento a correr no ar
Ambos têm ordenação
04 De tudo que se conclui
Tem uma soma no tempo
Que não sobra resultado
Para-a-água ou para-o vento
Entretanto para o ser
Tem muita coisa a ver
Com o estado do momento
05 Existem-instantes na vida
Que parecem eternidade
Mesmo sendo passageiros
Se tornam em temeridade,
Mas nos relances vividos
Os fatos são dirigidos
Pelos laços da bondade
06 Isto porque um ano
Em segundos divididos
Tem mais momentos de bem
Do que os de mau partido
Caso contrário, morrer
Seria melhor que viver
Com sofrimento seguido
07 Pensou bem quem inventou
Esse amplo Universo
O poeta se desdobra
Tentando explicar em verso
Porém não acha razão
Para a grande criação
Desse mundo tão complexo
08 Para finalizar
Essa descrição formal
O poeta aqui define
Que louve um tempo real
Onde o vento existia
Em brisa com calmaria
Num horizonte eternal
09 Tal composição é vista
Somente em pensamento
Onde os sonhos se enlaçam
Nos revezes do momento
E somente a inteligência
De divina descendência
Assimila o entendimento
10 Para entender essa trama
De maneira inteligente
Temos de crer que o passado
É um vento no presente
Onde o tempo elementar
Incontinente a passar
Formam os DIAS CORRENTES!