Quero-me

Sim, houve um momento em que eu só quis salvar-me de mim mesmo; ser tomado pela mão e arrancado daquelas minhas dores, chateações e mortes fulminadas. Agüentei até onde pude, acredite. Mas acabou por chegar o momento em que o grito, até então sufocado, não coube mais em mim e rompeu meus lábios silenciados, indo atingir algumas estruturas frágeis. Vi-me desabando como uma coisa qualquer. Estremeci e esse foi o meu fim necessário para um recomeço incerto. E talvez eu continue incerto até agora.

Por demais intenso... e me escapa, me escapa, escapa... Onde vou parar? Quero-me.

07.09.2006

Rosiel Mendonça
Enviado por Rosiel Mendonça em 05/08/2007
Código do texto: T594148
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