Cacos de mim

Quebrei o último copo que restava!

Não sobrou nada!

O quê resta agora são os cacos que cortaram meus pulsos, e sem perceber, mancharam minha alma...

Me pego buscando em meio dos vidros algo que possa passar teu reflexo.

Não enxergo nada...

E ao invés de juntar tudo, quebro agora os pratos!

Quebro-os até que sobre o nada que me ressalta!

Talvez eu precise ser encontrado... Ou talvez eu deva perder-me mais ainda!

Limpei os ferimentos que seus cacos me fizeram, e de você só me sobrou cicatriz!

A marca que cobre e revela minha verdade...

Existem resquícios espalhados nos cantos da alma, e alguns escondidos debaixo do “tapete".

Alguns vão e outros o vento retorna.

O que resta é essa realidade blindada...

Thiago Leão
Enviado por Thiago Leão em 07/08/2007
Reeditado em 06/01/2015
Código do texto: T596460
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