Travesti

De noite andando de esquina em esquinas não é homem nem mulher é uma trava feminina, parou entre os edifícios mostrou todos os seus orifícios, ela é diva da sarjeta o seu corpo é uma ocupação é favela, garagem, esgoto e pro seu desgosto está sempre em desconstrução;

Nas ruas pelas surgina é onde faz o seu salario aluga o corpo a pobre, rico, endividado, milionário, não tem deus nem pátria amada, uma edó que não faz parte do seu vocabulário;

Ela é tão singular que só se contenta com plurais;

Ela não que pau ela quer paz;

Seus segredos ignorados por todos e até pelo espelho;

Seus segredos ignorados por todos e até pelo espelho;

Mulher

Seus segredos ignorados por todos e até pelo espelho;

Seus segredos ignorados por todos e até pelo espelho;

Mulher

É sempre uma mulher;

Ela tem cara de mulher, ela tem corpo de mulher, ela tem jeito, tem bunda, tem peito e o pau de mulher.

Linn da Quebrada
Enviado por MatheusPeca em 18/04/2017
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