Travesti
De noite andando de esquina em esquinas não é homem nem mulher é uma trava feminina, parou entre os edifícios mostrou todos os seus orifícios, ela é diva da sarjeta o seu corpo é uma ocupação é favela, garagem, esgoto e pro seu desgosto está sempre em desconstrução;
Nas ruas pelas surgina é onde faz o seu salario aluga o corpo a pobre, rico, endividado, milionário, não tem deus nem pátria amada, uma edó que não faz parte do seu vocabulário;
Ela é tão singular que só se contenta com plurais;
Ela não que pau ela quer paz;
Seus segredos ignorados por todos e até pelo espelho;
Seus segredos ignorados por todos e até pelo espelho;
Mulher
Seus segredos ignorados por todos e até pelo espelho;
Seus segredos ignorados por todos e até pelo espelho;
Mulher
É sempre uma mulher;
Ela tem cara de mulher, ela tem corpo de mulher, ela tem jeito, tem bunda, tem peito e o pau de mulher.