GAROA FRIA

Há momentos em que as coisas parecem ser cinzas na cor
Não existe brilho, não existe amor.
Os caminhares nas ruas viram desertos de luzes sob uma chuva fina na escuridão.
Cabisbaixo, pensativo e introspectivo, caminhando sob a garoa fina e fria.
Sentindo as gotas que castigam friamente os ombros e consolam a alma.
Da qual, faz-se entender que há sentido e sentimento em cada gota d´agua desta garoa fina
Os ombros castigados e o peito já molhado mostram que a vida é assim mesmo.
As vezes medos nos transformam em andrógenos sobreviventes do passado zombeteando o presente com saudade.
Saudade molhada no peito pela garoa fina e fria que ainda consola a alma.
Como nada é eterno, além do amor e o infinito, a garoa cessa deixando as marcas do frio.
A luz que surge ofusca os olhos, mas aquece o corpo, ressurgindo a esperança de um novo dia.
De um caminhar diferente, sem medo da chuva ou de qualquer tormenta...um caminhar que seca o corpo e a mente.
E rosto esbofeteado pelas gotas finas e frias feriram o inconsciente como laminas que cortam a pele. Tornando-nos mais fortes para enfrentar uma tempestade.
DuMoraes
Enviado por DuMoraes em 25/04/2017
Reeditado em 25/04/2017
Código do texto: T5980910
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