Um clichê do amor

Abortar um amor não correspondido é tarefa amarga. Você não sabe o que fez ou deixou de fazer para que o outro não o amasse. Apenas dói, dói muito.

Nos sentimos rejeitados e rejeição não é um sentimento aceito por nós com facilidade. Sentir-se rejeitado afeta de forma negativa nossa vida pois faz com que nos sintamos incapazes. Como melhorar essa situação é o que têm me afligido, mas penso que a melhor forma é, após sair de um relacionamento investir seu tempo e dinheiro em você, assim apenas você sai beneficiado e de quebra ainda terá menos tempo livre pra pensar no ser que te rejeitou.

É absolutamente normal amar quem não nos ama e se todos os amores fossem correspondidos e possíveis não teríamos belíssimas histórias que nos fazem suspirar, pois sabemos que pra comércio externo e sucesso de bilheteria o amor deve vir cheio de reviravoltas, términos, retomadas e sofrimentos.

Mas, na vida real, não aprendemos a lidar com sentimentos não correspondidos. Fomos ensinados que devemos amar quem nos ama, como se isso fosse sempre possível e plausível.

Crescendo, vamos aprendendo que quase nunca é possível amar quem nos ama e que quase sempre amamos quem não nutre o mesmo sentimento por nós...enigmas da vida, ou dos humanos...

Na realidade, ter a sorte de um amor correspondido é tão difícil quanto ganhar na loteria, sem exageros. E o pior é saber que não podemos viver à espera desse prêmio milionário, nem em dinheiro, nem em amor. Milionários de amor ou não, devemos seguir nossas vidas mesmo que tenhamos apenas o necessário para sobreviver, que é o acontece no financeiro da maioria das pessoas.

Assim como podemos viver bem sem ganhar na loteria, podemos amar sem que esse amor seja "daqueles de novela" que embora provoque frio na barriga e borboletas no estômago, se esperado eternamente rouba-nos as chances de viver as delícias dos "amores" tranquilos.

Eciane
Enviado por Eciane em 26/04/2017
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