Rascunho da memória: pensamentos ao vento sobre a complexidade nacional

Por vezes, olho para o lado e me pergunto em que ponto foi que o trem desencarrilhou, em que parte do caminho nós seres humanos passamos a aceitar esses tipos de coisa: corrupção, falta de ética, desonestidade... Acabo concluindo que sempre fomos assim, estamos apenas um pouco mais "curtidos".

A vergonha me corrói quando escuto notícias sobre a política, quando vejo atitudes desonestas e quando a ética não é respeitada. A perfeição não existe, obviamente, mas o desleixo e a despreocupação com questões importantíssimas como essas me causam febre.

Olho para o lado e enxergo um mundo se desmoronando e o ser humano destruindo a si mesmo. Destruindo seus pais, seus filhos, seus vizinhos... Pois existe uma rotatividade dos atos, ou seja, o mundo dá voltas e o que você faz para o próximo acaba voltando pra você, uma hora ou outra. Não é autoajuda, não sou disso, é a vida nua e crua.

Por vezes chego a acreditar que o Brasil já não tem mais jeito e que tudo o que aprendo como sendo o certo, o correto, o honesto, o ético se esvai aos poucos. O que deveria fazer? Ver o circo passar? Será que vai passar? Devo fazer como Elisa Lucinda e ficar mais honesto ainda, só de sacanagem?

Sobre essa complexidade? Não sei o que fazer...

Roger Henrique Pozza
Enviado por Roger Henrique Pozza em 04/05/2017
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