A primeira vez que o vi

A primeira vez que o vi foi como se fogos de artifícios estivessem dentro de mim. Uma sensação indescritível e única. Ao mesmo tempo em que senti tudo aquilo, era como se eu precisasse ficar um pouco longe para não correr riscos. Afinal, fogos de artifício, apesar de serem lindos quando estão no céu, podem ser perigosos para quem não sabe manuseá-los. E eu não sei nada sobre eles. Talvez eu nunca soubesse lidar com esse tipo de sentimento. É mais fácil fugir e deixar apagá-lo.

E então, após um longo período refletindo, voltei a me aproximar daquela sensação. E tudo dentro de mim ascendeu. Ele estava ali. Eu estava lá. Tudo nele encantava: a voz, o jeito, a risada, o corpo, o sorriso, os olhos, a inteligência.

Talvez o bonito da vida seja amar em segredo. O platônico permite sonhar e imaginar sem sofrimento. O real talvez assustasse e perdesse todo encantamento. Sonhar é de graça!

Jaqueline Motter
Enviado por Jaqueline Motter em 22/05/2017
Reeditado em 22/05/2017
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