Meus dias sem você.

A noite se finda e a manhã se inicia. A noite passada, como todas as outras, sua terrível presença veio me visitar. Desta vez foi em forma de pesadelo. Foi horrível. Eu queria saber se tá tudo bem. Eu queria saber tudo aquilo que você anda fazendo, e como andam as coisas no trabalho. Eu gostaria de poder estar aí ao teu lado todas as noites pra que nos aliviemos das dores do mundo. Mas você não quis assim. Você preferiu reprimir esse tal sentimento que dizia sentir dentro do peito, por causa de uma sociedade escrota. Teu sentimento foi tão pequeno que pôde ser mitigado por conta de uma sociedade patriarcal.

Mas você ainda está aqui dentro de mim. Me pergunto se tu também pensa; mas eu acho que não.

Por aqui tudo continua a mesma coisa. Eu penso em ti antes de dormir e assim que acordo. Todas as vezes que eu passo naquela maldita rua perto da tua casa. O cinema fica preto-e-branco sem você. Não vejo graça mais em comer Subway. Eu vejo aquele maldito "online" no teu perfil do whatsapp e percebo que estamos a uma mensagem de distância. Uma distância separada por indiferença, negação, inverdades, incertezas e sentimentos rasos.

E assim a vida segue. Até quando? Não sei. Senti muito e me entreguei. As vezes, não temos opção a não ser deixar o sentimento vivo ali, te matando aos poucos. Esse mundão que sangra uma hora vai girar em nosso (ou meu) favor.

E tudo continuará da mesma forma amanhã.