Teatro

As cortinas se abrem, tão suaves como o vento, com a graça de uma bailarina, que, nas pontas dos pés, rodopia até voar. Somente um holofote em mim. Poucas pessoas na plateia. Acho que a minha vida não é tão interessante assim. Aponto a falsa arma à minha cabeça e a onomatopeia de tiro ecoa dentre o auditório. “Bang! ”. E mais uma: “Bang! “. A expressão do meu corpo acaba se tornando tão dramática e falsa quanto antigos amores. A senhora sentada na fila da frente era a única prestando atenção na dramatização. Dediquei meu show inteiro a ela...

Arthur Maia
Enviado por Arthur Maia em 25/07/2017
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