Minha existência.

Hoje é quinta-feira dia 03 de agôsto do ano de 2017; eu pensava que não iria sobreviver até aqui. Mas poronto, estou viva...ou não; mentalmente corro atrás dos acontecimentos, mas meu corpo ainda está inerte nessa cama. Tento movimentar os braços não consigo...olho através da janela...vejo pessoas, carros , arvores tudo tão perto e longe ao mesmo tempo. Tento esticar os braços para alcançar , mas não consigo. Mas minha mente alcança. Criei personagens cujos converso: Marias, Ruis, Franciscos, e muitos outros...são jovens, velhos , crianças, adolescentes e meia idade. Eles dizem para eu acordar, mas eu não quero. Ainda não. Eles são mais maduros ; eu sou muito infantil ainda; chego até ser muito ``trenga``. As vezes é melhor fazermos de bobos, pois quando somos espertos a sociedade nos cobra...e a útima coisa que quero agora é cobrança...não estou em condições de pagar nada...já paguei e foi doloroso. ( por hora é só ...eu volto nessa linha de pensamento...amanhã...ou depois...logo se vê)...

Hoje abri os olhos e pela minha janela espreitei o céu...ah! o céu...todos querem estar no céu, mas será que o céu não está dentro de nós? As vezes penso que nós fazemos o inferno e o céu dentro de nós mesmos. Não sei se o céu é um estado de ser ou estar. Uma das Marias disse-me que ela só está e é o céu as vezes...um dos Franciscos disse-me que sempre está e é o céu; um dos Ruis encontra o estado de ser e estar na Igreja, fora isso ele está sempre no Limbo; Mas vamos voltar ao amanhcer...o céu limpo, poucas nuvens, o sol a despontar, tudo muito lindo e passando-me uma paz. Paz que todos almejam. O problema são as armas que os seres humanos utilizam para se ter a paz. Levanto-me com dificuldade, não porque meu corpo está debilitado, mas sim minha mente. Ela não aajuda muito o meu corpo. Daí tenho de fazer esforço tremendo, pois sinto-me sem equilibrio nas pernas, e mal consigo organizar o corpo todo para ficar de pé. Depois de alguns minutos vá lá consigo. Muito bem...começo o dia com a higiene pessoal, pequeno almoço e leitura do jornal. Saio ao jardim e vejo a relva e as flores, tudo muito lindo , perfeito como a natureza se propõe. Acendo um cigarro; o que a natureza não acha perfeito; fazer o quê ? ...tenho esse defeito bizarro, agrido meus pulmões com tal deliquência e desagrado a natureza por negligenciar minha existência. Volto para dentro de casa e sento-me a frente do computador e começo escrever; - sim; ... é o que ainda tenho de melhor, a escrita. Meus dedos dedilham e procuram as melhores palavras para eu encaminhar o pensamento que ronda .

Ao sentar-me no computador os pensamentos ainda confuso, questionei- me Perdi minha identidade? Ou nunca tive? O que nos faz existir?

Ao nascermos nossos progenitores tem a incumbência de ir até a um notário (cartório) e nos dar um nome , assim, então, passamos a existir: João, Pedro, Maria, Elizabeth...do contrário não somos nada.

Mas muitas vezes , mesmo com um nome registado e, fazermos parte de uma sociedade, não existimos. Dependendo de nossa sorte passamos despercebido aos olhos das pessoas. Vai da sorte grande. Muitas vezes só mais um a perambular na sociedade, sem importância nenhuma.

Todo ser humano passa o tempo nesse planeta a correr atrás do ser bem sucedido. E o que é ser bem sucedido.

Ter lembranças de uma infância feliz, sem dificuldades, rodeada de amor. Muitas crianças hoje em dia não sabem o que é isso. Depois vem a juventude. Nessa fase todos querem lembranças de prazeres. Depois, a busca de realização profissional. Ser um profissional reconhecido, com grandes feitos diante a sociedade que se está inserido. Com sacrifício, sim, mas com resultados positivos. Em seguida a realização pessoal. Um bom casamento, construir uma família. Um ciclo.

É assim que se existe? Será só isso?

Elizabeth Zelden ( Isabel lemos, Zeldi Isabel lemos

02 .12.2017

Zeldi Lemos
Enviado por Zeldi Lemos em 03/08/2017
Reeditado em 02/12/2017
Código do texto: T6073263
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.