Perdido

Eu demonstrei que queria um ponto final, muito antes e muito mais que você. Acho que você sentia que eu acabaria a qualquer momento. E sim, eu fiz. Mas eu não fiz isso com um sorriso nos lábios, ou com a ideia de que agora estava livre para beijar quem eu quisesse. Eu fiz isso com pesar. Fiz contra a minha vontade. Fiz porque tive medo de chegarmos ao ponto de eu só ter o lado ruim para guardar comigo.

Você foi diferente do começo ao fim. Foi o mais intenso e o mais invasivo. Além das suas esquisitices normais (que eu espero que não sejam justificativas de algum segredo) você não foi normal comigo. Eu tenho saudades de quando meu coração começava a bater mais forte porque tínhamos combinado de nos ver. Acredite, essa segurança e paz interior que transmito escondem todos os meus medos e ansiedades - na época, de te perder. E ahh, como invadiu meu ser. Até agora não quis fazer as malas e se hospedar em um novo lugar. Segue aqui, me colocando para dormir e me fazendo recordar de tudo que sucinta relação com você – inclusive do meu livro da Agatha Cristie que você não devolveu.

Ontem eu fiz a maior besteira que alguém que termina uma relação pode fazer: mandei mensagem. Eu não consigo te esquecer. Não consigo acreditar que minha razão disse que eu PRECISAVA me afastar, e pior... eu a escutei.

Eu sinto falta das suas esquisitices, de passar a mão no seu cabelo, de encostar-me no seu peito, de ser beijada pelos teus lábios feat pelos da barba... eu até sinto falta de poder ter ciúmes de você. Eu não queria ter feito o que fiz. E isso também não é um pedido de volte para mim. Eu preferia que você não tivesse me deixado ir, eu preferia que você tivesse mandado a mensagem antes, e não para quebrar seu orgulho, mas para ter alguma esperança de que não vivi sozinha.

*A mensagem foi respondida e me fez desacreditar desse texto. Lágrimas escorrem.