Psicólogo da Noite
Os gatos pardos ainda me assustam
Eles andam no telhado de minha mente
Incomodando os pensamentos que não mudam
Mais alguém consegue escutá-los?
Estou deitado neste velho sofá
Merda, perdi o controle
A televisão está cada dia mais podre
Mas e você como está?
Acendo o meu último cigarro
Pego o meu velho caderno, vou escrever um pouco
Consegui entrar neste grande carro
Meu Deus, estou mesmo ficando louco?
Meu braço está dormente como sempre
Minhas mãos ainda doem
Será que a lua curará as minhas feridas?
Quando vou acabar com o tédio dessa vida?
Olha só, ele está chegando cada vez mais perto
Grande e orgulhoso, não quer ir embora, virou meu sócio.
Agora ele me diz que tudo que faço não está certo
Que nome mais esquisito, se chama Ódio?
Mas que bela silhueta minha dama
Leve embora esse senhor, tire-o do meu caminho
Seu nome também é esquisito, se chama Amor?
Enfim, vão os dois embora, e me deixem aqui... Sozinho