Quem sou eu?

Quem sou eu? O que é realmente meu? As minhas posses? Posses parcas e perecíveis?

O meu corpo? Corpo que se transforma, que sente a passagem do tempo, definha e morre?

O meu trabalho? Trabalho que ontem era outro e que amanhã será nenhum?

As minhas crenças? Crenças que se modificaram ao longo da vida e me põem em antagonismo com o que acreditava antes?

As pessoas com quem convivo? Pessoas que vêm e vão, que de sopetão chegam e de repente saem?

As minhas experiências? Experiências que serão esquecidas ao longo do tempo, pois faltará quem as lembre?

Tudo na vida não será um teatro mal ensaiado, em que cada qual representa seu papel definido pelos outros? Por trás de todas as máscaras, por trás de todas as identidades, por trás de tudo o que identifico e fazem com que identifique ser meu, quem sou eu?