Mundo interior

Quando se fala em sair de casa para morar só, as pessoas (dependendo do nível de ansiedade para que isso aconteça) acabam esquecendo dos detalhes por trás de dormir tarde todos os dias ou não ter hora de voltar. Mas os detalhes estão lá; Contas a pagar, compras a fazer, trabalho, faculdade, responsabilidades diversas... É quando percebemos que esse mar de rosas tem correntezas de espinhos. Não falo por experiência ou com propriedade, mas por ser uma das pessoas ansiosas que ignoram os detalhes. Todavia, creio que minha ansiedade vá além de apenas ter um lugar que, de certa forma, me pertença; Talvez por não querer pertencer a algum lugar. O mundo é grande demais, está cheio demais (de detalhes, descobertas e coisas a descobrir) e já tem seus próprios limites, não precisa de mim para limitá-lo ainda mais.

O que quero dizer é: existe o planeta, certo? (Vamos ignorar todo o Universo, galáxias, até mesmo o sistema solar.)

Dentro do planeta, há continentes. Os continentes, tem países. Os países, tem regiões. As regiões, tem estados, que tem cidades, que tem municípios, que tem ruas. As ruas tem casas e as casas tem pessoas. E, dentro de cada pessoa, há um mundo feito de pensamentos, sonhos, esperanças, medos, frustrações, gostos, costumes e outros incontáveis detalhes, assim como o mundo em si.

Qual deles será mais difícil de se desvendar?