Comigo

E hoje, novamente, me deparo com isso – desmontando minha vida mais uma vez – porém dessa vez é diferente, é por escolha própria. Fico tentando imaginar o que sentirei no dia em que não tiver absolutamente nada – somente eu, e minha mala – sem nada e com tudo –, terei eu, e eu. Consigo sentir a liberdade chegando, liberdade de cadeados, de objetos, de quantidades, de desleais esperanças, de excessos – não quero ser mais uma colecionadora de coisas, quero colecionar momentos e sensações. Quero o pouco, o necessário – poder caminhar sem peso –, pois quando existem excessos, não caminhamos de verdade. Não notamos cada passo - pois estamos o tempo todo preocupados com a bagagem, que não enxergamos a vida passar.

Fabiola Teleken
Enviado por Fabiola Teleken em 14/02/2018
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