Divago III

Do sangue liberto nas veias,

Como tinta de uma caneta

A escrever as minhas ideias

Num tom de cor preta.

Saem-me estes momentos,

Jamais sentidos, pensados,

Nunca antes escritos.

Composição de poemas imaginados.

Corrompo-me pelo estudo,

Pela dialéctica da demagogia

À qual me faço surdo

Perante inútil pedagogia.

Palavras sem destino

Que me deixam pensar

Nesse corpo feminino

Sempre disposto a amar.

Pensamento ignorante de desleixo

Que paira nesta fútil existência

Vida farta que não deixo…

Tortura, sofrimento, penitência

Anos feitos de delírio

Na essência desencontrada

Nunca vivida em tom sério,

Sucumbindo por sentir… nada!

sumadartson
Enviado por sumadartson em 28/08/2007
Código do texto: T627703
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