NO MESMO REFRÃO
A mesma mão que amassa o pão, limpa o chão...
Hoje estamos, amanhã não somos.
Vivemos agora, amanhã não mais.
Não somos estáticos, nem imóveis.
Vivemos no vai e vem, no balanço que há de vir.
Não somos intactos, nem tão pouco passivos.
Somos sujeitos móveis, somos modificações.
Transitórios (indo e vindo),
Chegando e partindo,
Sorrindo e chorando,
Pedindo e ofertando.
Somos (é tudo que importa),
Sujeitos que passam,
De forma fatal.
A mesma mão que amassa o pão, limpa o chão,
Já dizia o velho refrão.