Divago VI

Ao cair da noite,

Vulgar como as demais,

Duas estrelas que se apagam

Qual luzes de pirilampos

Que voam em deleite

Juntos a dois ou mais.

Eles que nunca param,

Que competem com os candeeiros

Desarrumados em desertas ruas,

Como velas negras acesas

Num efémero jantar romântico…

A dois.

Sonhos reais de ninfas nuas,

Resplandecentes belezas

Agora com semblante pacífico,

Com lágrimas soltas… depois!

Depois de tudo… depois de nada,

Neste infinito que não existe

Iluminado pela luz que não se vê

Num longínquo grito de dor.

Mãos de fada

De uma África que não desiste,

Livro da vida que não se lê,

Mas sente… como sente o amor.

sumadartson
Enviado por sumadartson em 01/09/2007
Código do texto: T633386
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