Aos pretendentes a pretendentes pós-modernos

Um poeta desta época precisa, em primeiro lugar não morrer, virtualmente, e em segundo, não morrer de facto.

Precisará este pretende a imortal pós-moderno de muitas musas, pois em tanta companhia grande é a solidão.

O poeta deste tempo, se é que há tempo para ser poeta, terá a grande dificuldade contemporânea de não saber coisa alguma das coisas que não se sabe o porque.

Deverá ele desconfiar das coisas, e em hipótese alguma acreditar na boa intenção da mídia, dos políticos e quaisquer líderes que não tenham sequer cogitado a abreviação da existência como ato nobre, honesto e sincero consigo próprio.

E, acima de tudo,

O poeta deve saber cultivar flores no deserto.

W. Carlos

In; Diários de um pre túmulo.

Wan Carlos Firmino
Enviado por Wan Carlos Firmino em 19/05/2018
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