A Paz Verde
Sentimentos e almas meretrizes
No mar de um deserto sem fim
Momentos escrupulosos e infelizes
Que recusam mostrar-se assim.
Quinhentos oceanos de vícios,
Céus com fragrância de petróleo queimado
Mundo… armazém de desperdícios,
Florestas com o corpo cremado.
Desejos ecológicos,
Vidas perdidas no destino
O debater da baleia em mares oceânicos
Arpões varados aos olhos de um menino.
A floresta que arde por negligência,
Por um fósforo que cai aceso,
Tal como que se debate com a demência,
Que não vive com tamanho peso.
Grande jornada a do sofrimento,
Que nós, tristes, fazemos para viver,
Ganância, egoísmo e tormento
Existência de que insistimos padecer.
De alguns a ignorante bondade,
Com medo de mostrar a cara,
De outros a vaidade com maldade
Que mostra não vergonha e nos separa.