Quem sabe ?

Quem sabe ?

Quem sabe me recebas nos portais do céu

Me tire da indigência, me estenda a mão

Eu tenha um julgamento sem alarde ou escarcéu

Porque o pó da estrada embruteceu meu coração

Eu sei que sois o sol, a luz da humanidade

Que a fonte do seu amor é algo inigualável

Que seu amor perdoa a nossa iniquidade

Pois somos seus filhos de natureza instável

Quem sabe me recebas sem pompa ou regalia

Pois trago nas sandálias as pedras da aflição

Sem credo sem fronteiras longe da liturgia

Esperando a clemência do seu nobre coração

Quem sabe me recebas até por misericórdia

Tantos foram os percalços que até perdi a razão

Esqueci-me que pregaste amor, luz e concórdia

Mas se não me receberes entendo que tens razão