QUEM NOS ROUBOU DE NÓS MESMOS?

“Parado, não se mova

Passe para cá o seu cérebro

E não reaja!”

"Quieto, não olhe para trás

Entregue para mim o seu coração

Sem questionar

Estou mandando!"

Pobre gente!

A que, sem perceber, despedem-se em tal grau de suas almas

Da fascinante luz a ofuscar a vista do se lhes apresenta

(ou seriam, todos?)

Nas pupilas que dilatam ante seu brilho... noss’olhos

Cegos olhos!

E eis que achamos graça no que se nos fornecem

Ao que, portanto, não mais reagimos

E aceitamos...

Seria, pois, por um nefasto medo?

Oh, inexplicável e maldita covardia!

E nest’instante o mundo nos possui quais seus súditos escravos

Como almas que desconhecem sua vital força

E ao século corrupto entregam, pois suas vidas... sem relutar

Ah, quão grande maldição a de se fazer crer o forte crocodilo

Ser um mísero e frágil lagarto de quintais e paredes

Quem o conseguiu de tal ingenuidade o convencer de tamanha asneira?

E até quando isto o será?

Assim, eis que de fato não, pois reagimos

Frente aos sutis assaltos do mundo

É incrível

E entregaremos à essa escura voz que não sabemos

Nossos preciosos... cérebros

E nossos corações

Até quando?

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 24/08/2018
Reeditado em 24/08/2018
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