O que Jung nos ensina?

“Quando algo me irrita no outro, leva o entendimento de nós mesmos.” C. Jung

Quando algo te irritar no outro, olhe para si mesmo e tente reconhecer quais sentimentos e emoções que esse processo desencadeia dentro de si. Uma maneira fácil de reconhecer isso é pensar nas mais diversas possibilidades possíveis dentro da questão, tente responder as perguntas: por que eu não gostaria de ser assim? O que eu penso sobre esse tipo de atitude? Quais resultados, imagino que alguém que age dessa maneira conseguirá? Se minha mãe fosse assim? Se o meu pai fosse assim? Eu já agi assim em alguma situação? Quais sentimentos estão por trás de uma ação como essa? Qual a imagem que eu tenho de pessoas que agem dessa maneira? Essa imagem é minha mesmo ou foi adquirida com tempo? Quem colocou essa propaganda dentro de mim? Será que esse tipo de atitude causa dano a alguém? A quem ?

Quando você começa a bombardear de perguntas só o que é real prevalece. Aquela ideia fixa, se não for bem estruturada, vai acabar caindo por terra. É preciso a coragem necessária para vencer o medo e se investigar robustamente. Se você tem muita dificuldade para tentar defender essa ideia, certamente ela é uma furada. Lhe falta conhecimento de causa. Os extremos, assim como diz Budha, são extremamente perigosos. Nenhum prazer exagerado é a fonte da vida, nem Carpe diem Ostentação, como também ser um asceta, se privar dos prazeres “mundanos” em prol de conquistar o paraíso com sacrifícios, ao invés da misericórdia pregada por Jesus aos seus discípulos.

A afirmativa, somente através do sofrimento e da dor se chega a verdade, ao amor, é um grande engano, pois o amor é o próprio caminho, não precisamos trilhar outro caminho se não o amor. Não vou amar porque sou obrigado, mas justamente pelo contrário, porque não o sou. A estrada do amor é muito menos dolorosa, é muito mais bonita. Uma coisa é interessantíssima, “Jesus levou sobre si as nossas dores, o castigo que nos trás a paz estava sobre ele”, em outro texto bíblico diz que “misericórdia quero e não o sacrifício”, então a necessidade de auto sacrifício já não existe. A ideia de ser igual ao mestre, foi passada errada quando queremos vestir a máscara de Mártir e encenar o papel de vítima em prol do bem maior coletivo, pois nada preciso expiar, se não minha própria forma de pensar.

Um segundo para o humano, um mês para um inseto, um nada para Deus. Se acostume que a verdade muda, dependendo da minha possibilidade de entender a perspectiva e no final será sempre a verdade, mesmo que isolada, fragmentada e escondida. Tudo faz parte da criação, que brotou no planeta com as sementes do sopro da vida, quando o Criador espalhou suas sementes enquanto passeava seu Espírito pelo abismo. Imagine Deus semeando a Terra, e um dia Ele mesmo fará a colheita. Quando Ele nos colher teremos porventura feito um bom trabalho? Seremos uma boa colheita? Ou seremos como a figueira seca? Frutos como, o que você tem deixado para a humanidade, quais sementes você tem plantado nessa seara? Ele é o grande semeador e nós somos sua imagem e semelhança.

Alimenta teu pensamento com o que é do bem, o que é do bom, com o que é de melhor. Aprende ser tu próprio teu melhor amigo. Não apenas cuidando do corpo. “Treino pago”, não apenas a saúde física, mas também emocional, te amar, cuidar da tua alma, “guarda teu coração porque dele procedem as fontes da vida, sobretudo o que se deve guardar, guarda teu coração” a bíblia ensina, mas preferes tratar teu coração feito carniça, que nem urubu quer, escuta todo tipo de maldade e sentimento mau, enche teu cálice com cachaça e vive noites terrivelmente mal dormidas, abusando do uso de drogas e medicamentos, não tem paciência com teus filhos, amigos e parentes, não tem paciência é contigo mesmo, “aquilo que nos irrita nos outros...”. Agora se olhas pra o Sr.: José e vê nele uma criatura falha, mas que tem vontade de melhorar, talvez aí começas a enxergar a ti mesmo.