Longe n° 01
Sentimentos movem montanhas em minha cabeça, logo penso se existo e se estou realmente aqui...
Quão cruel é estar entre os homens, nada sei sobre nada, para quê tanto sacrifícios.(?)
Esforços sem limites, para a cegueira é um deleite. Sou um Ser que já de tanto viver, não possui biografia... Somente o tempo não basta para captar toda minha passagem, pobre Tempo, neste mundo tão soberano e no meu, apenas encanto...
Penso que comecei a existir já no meio da vida, coisa estranha, quase nada vivida. Vou passando pela imagem da vida, longa e despercebida, dono da arte desconhecida, de fazer juz a que nada significa.
Caminhemos...
Olhares pousados no ar desconhecido, seguindo o rumo do aprendizado esquecido, vou-me caminhando por ares longínquos, para encantar e desencantar, re-aprender e ensinar aos esquecidos do perfume de seu amor, a resgatar os olhares de louvor, seguindo não sorrindo, mas triste pelo torpor do desencanto, hoje encarnado nos pássaros ousados...
Voemos...
O mais simples é o que mais cega, tão fácil esquecer-mos o princípio de nossa Era, trocar por sonhos humanos feitos de pedra, em solos de guerras, águas sujas e estéreis, povoam tudo que às terras frutíferas pertencem...
Histórias de alguma coisa que nos sopra aos ouvidos...
Sem destino e em passos frenéticos, o que não é, passa a ser...
Quanto desajuste!