Fefe vai casar

Meu sobrinho, meio filho também, vai casar. Ele não mora no Brasil e assim, TODA a família está arrumando as malas para ir ao seu casamento. Menos eu. E por que? Porque inventei de fazer mestrado (vocês já sabem né?). E é por isso que hoje estou por aqui, bateu uma vontade enorme de escrever algo que não seja artigo, dissertação ou revisão bibliográfica. Não é tristeza, é só um desejo de registrar as emoções desse momento.

Embora eu e o Fefe gostarmos muito de celebrar a vida, é difícil não estarmos juntos nesse momento tão importante. Ele diz que sou sua segunda mãe, isso porque minhas irmãs tiveram filhos juntas e a casa da tia Inalda era uma espécie de creche onde todos ficavam quando suas mamães precisavam trabalhar. São muitas lembranças, algumas documentadas em fotografias que guardamos com muito carinho.

Mas, eu fiz uma escolha neste ano e essa escolha me põe em cheque todos os dias, são tantas renúncias envolvidas e o caminho, as vezes, tão desprovido de alegrias, que não há como não ter dúvidas ou vontade de “chutar o balde” de vez em sempre. Passei a vida toda escrevendo poesia, deixando tudo nas entrelinhas e agora, tudo que escrevo tem que ser bem explicado, embasado em teóricos. Eu não sou ninguém! Não posso afirmar nada se alguém muito importante não abalizar a minha fala. Só vocês, amigos poetas, podem entender a minha dificuldade com a tal escrita científica.

Por isso estou aqui, para estar perto de quem me entende e para dizer ao Fefe que o meu coração está com ele, que já ando chorando de emoção, como foi no casamento de seus primos, orando pra que seja muito feliz com sua bela esposa e pedindo a todos que estarão lá, que os abracem por mim e me representem. Sei que farão, pois, se tem um presente maravilhoso que Deus nos deu, esse é a nossa enorme, querida e presente família. Amo vocês!