Tempos
Do conforto dos teus braços
Retiro a loucura do meu lado
Qual tempestade em mar revolto,
Tentativas vãs em esforços escassos
De um ser selvagem jamais domado
Feito pássaro sobre as ondas… solto.
Teias de uma vida nunca acabada
Levemente temperada com sabor amargo,
Frente a espelhos reflectindo verdades
A par dos sons da servil harpa tocada…
Tudo assim, como um intrincado encargo
Que nada mais comporta senão vaidades.
As crenças que explicam tanta fé,
Todo este desejo de não acreditar,
Olhar o absurdo como algo maravilhoso,
Milagres… quando não se sabe o que é.
Amar, amar sem parar de amar,
Tanto amor em pecado, amor vaidoso.