Tempos

Do conforto dos teus braços

Retiro a loucura do meu lado

Qual tempestade em mar revolto,

Tentativas vãs em esforços escassos

De um ser selvagem jamais domado

Feito pássaro sobre as ondas… solto.

Teias de uma vida nunca acabada

Levemente temperada com sabor amargo,

Frente a espelhos reflectindo verdades

A par dos sons da servil harpa tocada…

Tudo assim, como um intrincado encargo

Que nada mais comporta senão vaidades.

As crenças que explicam tanta fé,

Todo este desejo de não acreditar,

Olhar o absurdo como algo maravilhoso,

Milagres… quando não se sabe o que é.

Amar, amar sem parar de amar,

Tanto amor em pecado, amor vaidoso.

sumadartson
Enviado por sumadartson em 11/09/2007
Código do texto: T647359
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